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Artigo – Redução de custos e corrida aos cartórios: afinal, vale a pena antecipar a herança?

A eminência da reforma tributária aumentou em 22% o número de doações de bens a herdeiros, ainda em vida. O motivo? As famílias querem pagar menos, ou então, pagar melhor.

Cada vez mais, os brasileiros estão antecipando seus planos sucessórios ao invés de aguardarem o momento e a realização de um inventário. Mas, por quê?

O inventário é o procedimento que descreve os bens e as responsabilidades deixadas por alguém após a morte. O objetivo do inventário é entregar todo esse acervo patrimonial a seus mais novos titulares, isto é, aos herdeiros do falecido.

Acontece que, num movimento recente, o inventário não tem sido associado a uma tão boa fama. Pelo contrário, muito se fala sobre os burocráticos e, sobretudo, caros processos de inventário arrastados na justiça, e nas famílias.

Sem dúvidas, são os custos do inventário que mais têm preocupado as famílias.

É nesse contexto que desponta a altíssima procura por outros meios de se promover uma sucessão, mais moderna e menos custosa, ainda em vida.

Especialmente pela constituição das famosas holdings familiares e pela transmissão do patrimônio através de doações ou qualquer outro meio pelo qual se possa antecipar a herança aos respectivos herdeiros.

Bastante revelador desse panorama, o número de doações de bens a herdeiros aumentou em 22% no Brasil desde que a proposta da reforma tributária foi aprovada na Câmara dos Deputados, em julho de 2023.

O motivo? A reforma prevê um aumento considerável no imposto cobrado sobre heranças e doações, o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos – ITCMD.

A rigor, não há escape, o ITCMD deve ser obrigatoriamente pago por quem recebe bens ou direitos através de heranças e doações.

A diferença é que, hoje, cada um dos 27 estados brasileiros detém liberdade para estabelecer sua própria alíquota de ITCMD, contanto que não ultrapasse a faixa de 8% sobre o valor da transmissão recebida, podendo ser fixa ou progressiva.

Essa tal liberdade permite aos estados estabelecer alíquotas mais ou menos atrativas aos contribuintes.

Por exemplo, no estado do Rio de Janeiro, Mato Grosso e Goiás as alíquotas de ITCMD progridem de 02% a 08% sobre o valor da transmissão. Já em São Paulo, as alíquotas são fixas em 04%.

É fácil perceber que, a depender do valor do patrimônio ou do local de situação dos bens, alguns herdeiros podem pagar mais ou menos impostos.

E a reforma presente na PEC 45/19 quer tocar justamente nessa questão.

O texto, que ainda está em discussão, prevê a obrigatoriedade de uma única alíquota progressiva de até 08% para todos os estados. Além disso, prevê que o ITCMD seja obrigatoriamente recolhido no estado de domicílio do falecido.

Não à toa, com isso, o Congresso busca evitar estratégias de processamento do inventário ou de doações em estados diferentes e com tributação mais vantajosa.

É, portanto, em razão da eminente expectativa de aumento da carga tributária que foi dada a largada à nova “corrida aos cartórios”, muito embora a pretendida reforma não tenha sido sequer aprovada pelo Congresso Nacional.

Ora, mas se o ITCMD já deve ser pago de forma obrigatória, então por que não antecipar desde logo a herança e pagar menos impostos?

A resposta não é tão simples assim.

O desejo de planejar uma sucessão ou antecipar bens e direitos que futuramente seriam herdados não se fundamenta no mero terror aos possíveis custos de um inventário, ou ao menos não deveria.

É claro, custos sempre deverão ser sopesados. E o que o planejamento patrimonial e sucessório permite é, justamente, sopesar e escolher.

No fim das contas, os custos deverão ser suportados por alguém, sejam esses elevados ou não, parcelados ou não, planejados ou não. O planejamento patrimonial e sucessório abre o leque para exercer o poder de escolha.

Qual imposto será pago, o ITCMD, o ITBI, o IRPF ou o IRPJ? Quem vai pagar, o detentor do patrimônio ou toda família beneficiada? E mais importante, o imposto será pago sobre qual alíquota, a atual ou aquela de 10, 20, 30 anos futuros?

Quem escolhe, é quem planeja.

Não é a primeira vez que a maior tributação da herança vira pauta no Congresso. É preciso cuidado para que a corrida por pagar menos impostos não seja, nada mais, nada menos, que um tiro no pé.

Até porque, a antecipação da herança não advém do desejo por pagar menos, mas por pagar com segurança e através da melhor tributação possível.

Fonte: Migalhas

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Cartório do 2º Ofício de Rondonópolis é Destaque no Selo Cartório Eficiente

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A cerimônia de premiação, reconhecida por seus padrões de excelência e qualidade, celebrou o alto padrão dos serviços prestados pelo Cartório do 2º Ofício, que se estabeleceu como um modelo de profissionalismo e eficiência na região. Este reconhecimento reafirma o papel do cartório como um pilar crucial na comunidade de Rondonópolis, sendo uma referência em integridade e eficiência.

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O ‘Selo Cartório Eficiente’ é mais do que um prêmio; é um reflexo do nosso compromisso contínuo em melhorar e inovar, sempre com o objetivo de oferecer o melhor serviço possível. Esse reconhecimento renova nossa motivação para continuar evoluindo e nos desafia a manter altos padrões de qualidade e segurança jurídica para todos os nossos clientes.

Com este prêmio, o Cartório do 2º Ofício de Rondonópolis se compromete a manter sua trajetória de excelência, garantindo que cada processo, cada atendimento e cada serviço seja executado com a máxima precisão e cuidado, assegurando a satisfação e a confiança dos usuários dos nossos serviços.

Tabelionato Bianchin é Certificado com o Selo Cartório Mulher pela CNR

É com grande satisfação que o Tabelionato Bianchin anuncia a obtenção do Selo Cartório Mulher, concedido pela Confederação Nacional de Notários e Registradores (CNR). Esta honraria reconhece os cartórios que promovem a equidade de gênero e valorizam a inclusão profissional de mulheres em seus ambientes de trabalho.

O Selo Cartório Mulher é uma iniciativa pioneira da CNR, lançada em junho de 2024, com o objetivo de certificar as serventias que adotam práticas direcionadas à inclusão profissional feminina, visando reduzir os índices de discriminação e fomentar um ambiente mais igualitário e justo.

A obtenção deste selo reflete o compromisso contínuo do Tabelionato Bianchin em implementar políticas e procedimentos que asseguram a igualdade de oportunidades, o fortalecimento organizacional e a promoção da diversidade. Acreditamos que a valorização da mulher no ambiente de trabalho é fundamental para impulsionar a inovação e criar uma cultura organizacional inclusiva.

Agradecemos à CNR pelo reconhecimento e reafirmamos nosso compromisso em manter e aprimorar nossas práticas de inclusão e valorização de todos os colaboradores, contribuindo para um futuro mais sustentável e equitativo.

Para mais informações sobre o Selo Cartório Mulher, visite o site oficial da CNR: CNR

Tabelionato Bianchin Recebe Prêmio de Responsabilidade Socioambiental da RARES-NR

O Tabelionato Bianchin tem a honra de anunciar que foi certificado pela Rede Ambiental e de Responsabilidade Social dos Notários e Registradores (RARES-NR) na VIII Edição do Prêmio de Responsabilidade Socioambiental. O reconhecimento se deu pelo projeto “Parcelamento de Emolumentos e Impostos sobre Transferência de Propriedades”, uma iniciativa inovadora que promove inclusão socioeconômica e facilita o acesso dos cidadãos à regularização de seus imóveis.

Sobre o Prêmio RARES-NR

A premiação, promovida pela RARES-NR, tem como objetivo incentivar e reconhecer boas práticas de Governança Socioambiental (ESG) no âmbito dos cartórios extrajudiciais. Criada em 2016, esta iniciativa está alinhada à Agenda 2030 da ONU e aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), promovendo a sustentabilidade, inclusão e eficiência institucional no setor notarial e registral.

Os projetos inscritos devem apresentar impacto positivo na sociedade, contribuindo para a redução das desigualdades, desenvolvimento econômico e melhorias na gestão ambiental. Os vencedores recebem o Selo RARES-NR de Responsabilidade Socioambiental, um reconhecimento que reforça o compromisso dos cartórios com a sustentabilidade e a responsabilidade social.

Destaque para o Projeto do Tabelionato Bianchin

O projeto “Parcelamento de Emolumentos e Impostos sobre Transferência de Propriedades” foi concebido com o intuito de facilitar a regularização de imóveis para populações de baixa renda, permitindo o parcelamento de emolumentos notariais e impostos exigidos em transações imobiliárias, como ITBI, ITCD, IPTU e ITR. Para isso, o tabelionato estabeleceu uma parceria com uma operadora de pagamentos, possibilitando que os clientes paguem esses encargos de maneira parcelada, sem a necessidade de arcar com valores elevados de uma só vez.

A iniciativa está diretamente alinhada a diversos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), incluindo:

  • ODS 1 (Erradicação da Pobreza): reduz barreiras financeiras para a regularização de imóveis;
  • ODS 8 (Trabalho Decente e Crescimento Econômico): fomenta a formalização de patrimônios e movimenta a economia local;
  • ODS 10 (Redução das Desigualdades): amplia o acesso à regularização patrimonial para diversas faixas de renda;
  • ODS 11 (Cidades e Comunidades Sustentáveis): incentiva a formalização de imóveis e o ordenamento urbano;
  • ODS 16 (Paz, Justiça e Instituições Eficazes): promove a transparência e a eficiência na regularização patrimonial.

Reconhecimento e Impacto

A certificação concedida ao Tabelionato Bianchin atesta o compromisso da instituição em oferecer soluções inovadoras e socialmente responsáveis para a população. A premiação reflete a importância de medidas que promovam a acessibilidade e a inclusão financeira no setor imobiliário, garantindo mais segurança jurídica e contribuindo para o desenvolvimento econômico da região.

Agradecemos à RARES-NR pelo reconhecimento e reafirmamos nosso compromisso em continuar desenvolvendo iniciativas que beneficiem a sociedade e promovam um ambiente mais justo e sustentável.